Recesso

19 de dezembro de 2018

Essa época do ano é muito aguardada, um momento de alegria, de reunir família e amigos, de pensar sobre o ano que passou e sobre o ano que iniciará... momentos para serem vividos e aproveitados ao máximo ao lado de quem amamos. 

Então..





Por uns dias o blog estará em recesso, então as postagens ficarão em stand-by nesse período. Mas calma, não abandona o blog, porque estarei preparando muito conteúdo para 2019, então espero continuar recebendo tuas visitas e interações por aqui.


Feliz Natal! Um próspero e abençoado 2019!


Beijos

RESENHA | O Caminho para Casa - Kristin Hannah

17 de dezembro de 2018

Uma história dividida por uma escolha que levará a desdobramentos conflituosos, o passado que deixará a marca definitiva no futuro de uma família... amor e amizade, desespero e ódio, entrega e perda, culpa e redenção; cicatrizes que machucam e fazem renascer. Até que ponto podem todos esses sentimentos convergirem? Esse não é só mais um livro sobre perdão, é muito mais do que isso.


Durante 18 anos, Jude pôs as necessidades dos filhos em primeiro lugar, e o resultado disso é que seus gêmeos, Mia e Zach, são adolescentes felizes. Quando Lexi começa a estudar no mesmo colégio que eles, ninguém em Pine Island é mais receptivo que Jude. Lexi, uma menina com um passado de sofrimento, criada em lares adotivos temporários, rapidamente se torna a melhor amiga de Mia. E, quando Zach se apaixona por ela, os três se tornam companheiros inseparáveis. Jude sempre fez o possível para que os filhos não se metessem em encrenca, mas o último ano do ensino médio, com suas festas e descobertas, é uma verdadeira provação. Toda vez que Mia e Zach saem de casa, ela não consegue deixar de se preocupar. Em uma noite de verão, seus piores pesadelos se concretizam. Uma decisão muda seus destinos, e cada um deles terá que enfrentar as consequências – e encontrar um jeito de esquecer ou coragem para perdoar.

O Caminho Para Casa aborda questões profundas sobre maternidade, identidade, amor e perdão. Comovente, transmite com perfeição e delicadeza tanto a dor da perda quanto o poder da esperança. Uma história inesquecível sobre a capacidade de cura do coração, a importância da família e a coragem necessária para perdoar as pessoas que amamos.

RESENHA | Coração Leal - Layla Casanova & Anelise Santini

14 de dezembro de 2018

O primeiro livro da série "Watchers os Chaos MC" - "Coração Leal" - escrito por Layla Casanova e Anelise Santini, traz uma história de romance, amizade, lealdade e gratidão, onde cada um desses sentimentos combinam perfeitamente entre si em meio a desordem e caos levando o leitor a uma sequencia frenética de acontecimentos inesperados marcando a história com ação e tensão dignas de uma história cheia de bad boys


Essa não é uma história sobre bons moços. Na cidade de Lafuente, a lei e a justiça batem de frente com a vingança e a anarquia do moto clube Watchers of Chaos. Um grupo de motoqueiros cruéis, fora-da-lei e extremamente sexy, os Watchers comandam as ruas sem medo. Dominic Archer é um deles. Para o filho mais velho do antigo Vice-Presidente do clube, o “Watchers of Chaos M.C.” é um legado de família. Lealdade ao que o clube representa é tudo que Dominic conhece. Pelo menos até Cordelia despedaçar seu mundo com três simples palavras: eu amo você. Agora, ele não consegue parar de pensar na garota com a qual cresceu – como seria beijá-la? Como seria tocá-la? Como seria entregar-se a esse sentimento? – mesmo quando o clube passa a sofrer ataques de gangues rivais. Cordelia Beckett é a veterinária da cidade, apaixonada por animais maltratados e por Dominic Archer desde que consegue se lembrar. Ainda criança, foi salva do pai abusivo pelos Watchers e, desde então, o Presidente do clube a tem como filha. O que a torna território proibido para todo mundo. Cordelia sabe que sua realidade jamais deve colidir com a ilegalidade e violência do M.C., mas sua paixão em Dominic só fez crescer desde que ela voltou para a cidade. Agora, não consegue mais controlá-la. Enquanto os ataques ao clube crescem e ficam mais perigosos, ameaçando arrastar Cordelia diretamente para o caos, a atração entre os dois se torna explosiva, dividindo as escolhas de Dominic: manter-se leal ao clube ou ignorar as regras a se entregar ao amor?


Quantos livros você lê?

12 de dezembro de 2018

Quem não ouviu aquela frase: "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher"? Isso vale para leitores e suas leituras, porque cada leitor tem o seu jeito de ler, tem as suas manias, as suas preferências... cada leitor avança na leitura no seu próprio ritmo, tem seus autores favoritos e os gêneros que mais lhe agradam... cada leitor é dono da sua própria leitura e cada um tem uma experiência literária distinta e singular. 

Com isso bem claro, vamos ao post de hoje...


Sem a pretensão de ser dona da razão (porque não sou e jamais serei), mas partindo das minhas recentes experiências vim compartilhar com vocês quais os pontos positivos e outros nem tão positivos assim que eu, Adriana, encontrei lendo somente um livro de cada vez e na leitura de mais de um livro simultaneamente de forma intercalada.
Em 2018 eu tive a minha primeira experiência lendo mais de um livro simultaneamente de forma intercalada, pois até então eu era super fiel à leitura de apenas um livro por vez. Essa minha nova descoberta literária me respondeu perguntas que eu sempre fazia quando via outros leitores compartilhando leituras simultâneas de forma intercalada. Então, esse é o intuito do post, compartilhar a minha opinião sobre essas duas formas de ler.

Sem mais blá blá blá, o que podemos falar sobre ler...





○ Dedicação exclusiva: quando se está lendo um livro por vez a sua dedicação exclusiva à conclusão dessa leitura é inegável, não existem preferências nem necessidade de escolha naquele momento dedicado a essa atividade. Você tem apenas uma opção em curso e é essa opção que receberá sua atenção no seu momento literário do dia, não é necessário pensar sobre qual livro lerá, é imediato e direto pegar aquele livro e seguir na sua leitura.

○ Experiência literária imersiva: um livro por vez permite ao leitor uma entrega total àquela única leitura que está fazendo, é mais fácil (e mais provável) que o leitor se sinta envolvido pela história e pelos personagens, que adentre o universo da obra (claro, tudo dependerá da capacidade de envolvimento que o autor desenvolve) do que se estivesse dividindo sua atenção entre vários livros.

○ Leitura rápida e focada: você lê, em média, quantas páginas por dia? 10, 30, 80, 100? Independente da quantidade, esse é o seu ritmo de leitura, mas quando você o concentra em apenas um livro, a leitura desse livro se torna mais rápida do que se partilhasse a mesma quantidade de páginas lidas entre 2, 3, 4 ou mais livros. Um livro de 300 páginas e 30 páginas lidas por dia permite a sua conclusão em 10 dias, mas se lesse somente 15 páginas desse livro e 15 páginas de outro livro, significa que você levaria o dobro do tempo para ler esse mesmo livro. É claro que o tempo e a quantidade de páginas lidas não deve ser o foco (e não é!), mas nesse caso é apenas uma informação objetiva sobre leituras únicas ou intercaladas.

○ Concentração às informações: alguns livros são ricos em detalhes, outros nem tanto, mas cada um deles tem uma série de informações que ficam "fresquinhas" na mente do leitor quando mantém um ritmo constante e frequente de leitura sem misturar com outras histórias que também contam com essa altíssima quantidade de informações, especialmente se estivermos tratando de livros do mesmo gênero ou similares.

DICA DA ADRI: se você se propôs a ler apenas um livro por vez, mas a leitura está difícil, cansativa, chata, etc, dê um tempo.. faça outra atividade e deixe o livro "paradinho" por um ou dois dias, talvez o retorno seja melhor, às vezes o cansaço mental também nos afasta de uma leitura que poderia nos proporcionar uma experiência melhor. Se ao voltar, ainda assim a leitura está arrastada, talvez começar outro livro seja a solução, mas não deixe de tentar concluir o livro parado quando terminar a nova leitura, assim evita manter pilhas de livros inacabados ou em leitura ao mesmo tempo. 





○ Rotatividade que espairece: ler apenas um livro por vez pode se tornar cansativo, às vezes a história pode perder aquele brilho inicial, ficar chata, se arrastar, enfim... são diversas situações que podem levar o leitor a desistir de uma leitura ou ficar postergando o seu término e, nessa hora, ter mais uma opção (ou várias) é uma ótima alternativa para desanuviar um pouco e relaxar em relação a um livro. Não se focar tanto pode ser o caminho para concluir alguns livros mais difíceis de digerir, uma leitura em "doses homeopáticas".

○ Mergulho em várias histórias distintas: àqueles que adoram se perder em várias histórias, vários cenários, conhecer vários personagens e tem uma intensa curiosidade mesclada a uma dose de ansiedade, ler vários livros pode acalentar essa vontade intensa de mergulhar em diversas histórias ao mesmo tempo e se perder nos universos que cada livro cria.

○ Experiência literária difusa: quando o leitor se dedica a mais de uma leitura estará proporcionando a si mesmo uma experiência literária difusa, não existe uma concentração em uma história apenas, um gênero, uma forma de espalhar seu tempo dedicado a essa atividade tão prazerosa. 

○ Leituras mais lentas e intercaladas: manter a leitura de vários livros de forma intercalada provavelmente ocasionará uma leitura mais lenta de cada um deles devido à intercalação entre os mesmos. Particularmente eu acredito que sempre haverá um preferido entre eles e esse será o livro com a conclusão mais rápida, mas se o leitor se propõe a manter uma leitura frequente de todos os livros iniciados irá demorar um tempo maior a lê-los contrário ao tempo mais encurtado que levaria na leitura dedicada somente a um deles.

DICA DA ADRI: é bastante importante ficar atento na hora de escolher vários livros para ler de forma intercalada, pois se forem histórias muito similares ou de gêneros iguais podem causar bastante confusão e mistura de informações prejudicando a experiência literária de cada livro. Então, é bacana variar no gênero, forma de narrativas e outros elementos que diferenciam as leituras.


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Cada leitor precisa encontrar o seu jeito, aquela forma que lhe proporciona maior prazer na leitura, seja um livro por vez ou uma pilha inteira... mais uma vez reforço que essas características não são exaustivas e eu as captei a partir das minhas experiências lendo dessas duas formas, mas cada um terá uma percepção diferente. O importante é ler, não importa a quantidade, o gênero, a forma... somente ler!


"Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência" 
(André William Segalla)

RESENHA | No Seu olhar - Nicholas Sparks

10 de dezembro de 2018

Autor consagrado por livros de romance e drama, Nicholas Sparks presenteia seus leitores com um livro sobre um amor maduro e real conduzindo-os através de uma história marcada pelo passado dos personagens enquanto a reestruturação pessoal é o que norteia as suas vidas em meio a um suspense bem construído que deixará os leitores surpreendidos com cenas de ação de um bom thriller fundidas à história e um incentivo a se tornar detetive busca de respostas para tantas perguntas que vão se formando ao longo da história. 


Filha de imigrantes mexicanos, Maria Sanchez é uma advogada inteligente, bonita e bem-sucedida que aprendeu cedo o valor do trabalho duro e de uma rotina regrada. Porém um trauma a faz questionar tudo em que acreditava e voltar para sua cidade natal, a pequena Wilmington.

A cidade também é o lugar que Colin Hancock escolheu para se dar uma segunda chance. Apesar de jovem, ele sofreu mais violência e abandono do que a maioria das pessoas. Também cometeu sua parcela de erro e magoou mais gente do que gostaria. Agora está determinado a mudar de vida, tornar-se professor e dar às crianças o carinho e a atenção que ele próprio não teve.

Colin e Maria não foram feitos um para o outro, mas um encontro casual durante uma tempestade mudará o rumo de suas histórias. Ao confrontar as diferenças entre os dois, eles questionarão as próprias convicções. E ao enxergar além das aparências, redescobrirão a capacidade de amar.

Porém, nessa frágil busca por um recomeço, o relacionamento deles é ameaçado por uma série de incidentes suspeitos que reaviva antigos sofrimentos. E quando um perigo real começa a se impor, Colin e Maria precisam lutar para que o amor sobreviva.

Com uma trama madura e repleta de emoções e de suspense, No Seu Olhar mostra que o amor às vezes é forjado em crises que ameaçam nos destruir e que o primeiro passo para a felicidade é acreditar em quem podemos ser.

LEITURAS | Novembro 2018

7 de dezembro de 2018

Oii..

Fechei o mês de novembro com apenas 5 livros lidos, pouquíssimas postagens no blog e no Instagram, e  muita correria por conta do final do ano... quem não está passando por essa loucura toda que novembro e dezembro reservam me ensina qual o segredo, porque eu sou uma pessoa organizada (pelo menos assim me considero), mas acabo sempre tendo atividades e coisas a fazer acumuladas nessa época! Enfim, chega de papo e vamos ao que interessa nesse post...




RESENHA | Nossa Música - Dani Atkins

4 de dezembro de 2018

Um livro feito para emocionar e devastar! Talvez "Nossa Música" tenha uma capa muito inocente para uma história com emoções tão viscerais, para sentimentos tão profundos que farão o leitor sentir a dor sentida pelos personagens... Não mesmo! Eu não estava preparada para essa leitura, mas sou extremamente grata por tê-la feito, porque se tornou um dos meus livros favoritos do ano, mesmo que tenha me deixado devastada e, literalmente, me feito chorar nas últimas páginas.


Ally e Charlotte poderiam ter sido grandes amigas se David nunca tivesse entrado em suas vidas. Mas ele entrou e, depois de ser o primeiro grande amor (e também a primeira grande desilusão) de Ally, casou-se com Charlotte.

Oito anos depois do último encontro, o que Ally menos deseja é rever o ex e sua bela esposa. Porém, o destino tem planos diferentes e, ao longo de uma noite decisiva, as duas mulheres se reencontram na sala de espera de um hospital, temendo pela vida de seus maridos. Diante de incertezas que achavam ter vencido, elas precisarão repensar antigas decisões e superar o passado para salvar aqueles que amam.

Com a delicadeza tão presente em seus livros, Dani Atkins mais uma vez nos traz uma história de emoções à flor da pele, um drama familiar comovente que não deixará nenhum leitor indiferente.

RESENHA | O Perfume da Folha de Chá - Dinah Jefferies

30 de novembro de 2018

"O Perfume da Folha de Chá" é um drama que poderia ser transformado em filme considerando a riqueza descritiva com a qual a história é narrada em terceira pessoa, repleta de sutilezas levando o leitor ao exótico cenário do Ceilão, lugar intrigante e convidativo que impacta pelo choque cultural descrito nos hábitos e na forma de pensar/agir dos habitantes.


Um homem atormentado por seu passado. Uma mulher diante da escolha mais terrível de sua vida.

Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império.

Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos.

Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.

| RESENHA | Simplesmente o Paraíso (Julia Quinn)

6 de novembro de 2018

Oi!

Em outubro a escolha para leitura temática do mês foi o primeiro livro da série "Quarteto Smythe-Smith", romance de época da autora Julia Quinn e hoje eu trago a resenha dessa história divertida e delicada que inicia maravilhosamente bem essa série composta por quatro livros.

Simplesmente o Paraíso | Quarteto Smythe-Smith #1

Sinopse: Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido. Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida. Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado. Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família. Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente.

Julia Quinn | Romance de época | 272 páginas | 2017 | Editora Arqueiro 


Honoria é uma das jovens damas que fazem parte do quarteto musical da família cujo concerto apresentado todos os anos é motivo de escárnio mascarado por parte da alta sociedade que comparece por se tratar de um evento social e não por causa do talento musical das integrantes. É uma vergonha, mas Honoria se mantém fiel à tradição por respeito e amor à família. Marcus é o herdeiro taciturno de um conde que tenta, ao máximo, escapar dos eventos sociais da alta sociedade londrina, mas sempre se fez presente aos concerto do quarteto por respeito àquela família que o acolheu como filho e, também, como parte da promessa que fez ao irmão de Honoria. Marcus e Honoria se conhecem desde a infância e, após alguns anos afastados, os dois voltam a manter contato especialmente quando Marcus está acamado acometido por uma doença que lhe incapacita totalmente e Honoria lhe presta toda a ajuda e auxílio nesse momento de recuperação. Enquanto a vida de Marcus está por um fio os sentimentos que afloram começam a se misturar causando confusão no pensamento dos dois.




Um romance de época doce, leve e divertido, "Simplesmente o Paraíso" é uma leitura deliciosa, com apenas 272 flui com naturalidade no estilo próprio de Julia Quinn que garante sempre ao leitor uma experiência singular com seus romances e personagens cativantes.

Honoria é divertida mesmo quando este não é seu objetivo e declara seu amor pela família desde muito cedo; o início da história nos apresenta Honoria na sua infância e, com apenas 6 anos, a personagem tem uma capacidade de conquistar o leitor que perdura ao longo de todo o livro. Ela é uma personagem de personalidade marcante, mas delicada, que não escapa das garras da alta sociedade e, por isso, precisa encontrar um marido, mas essa busca vem acompanhada fortemente do desejo de encontrar um amor, alguém para constituir uma família verdadeira como a sua na qual cresceu e aprendeu o verdadeiro significado de família.

Marcus é reservado e desde criança teve dificuldades para se relacionar com as pessoas, resultado de uma infância marcada pela negligência emocional e presencial dos pais, mas encontra na família de Honoria um amparo e, aos poucos, começa a se sentir parte dela. Ao longo das páginas é fácil enxergar a necessidade do personagem em se sentir parte de um todo, mas as mágoas da infância estão enraizadas no seu ser lhe atormentando e parece que apenas Honoria consegue abrir caminhos para chegar aos desejos mais ocultos de Marcus.

Os personagens secundários são trazidos de forma passageira, desempenhando seu papel, sendo apresentados na medida do necessário para se fazerem conhecidos, não existe aprofundamento deles o que pode deixar o leitor curioso, mas de forma alguma prejudica a história.

A história é desenvolvida com muita leveza, é agradável pois é livre de maquinações e maldades mais obscuras; a interação do casal é muito gostosa de acompanhar e o relacionamento evolui mostrando camada por camada o crescimento do sentimento, um vai reconhecendo o outro através de um novo olhar e, também, o relacionamento é conduzido pela delicadeza e calidez juvenil que combina com os personagens. Tanto Honoria quanto Marcus demonstram uma necessidade de pertencimento, e essa é a raiz que conduz a história, enquanto a dele é uma necessidade latente, clara e determinada, a de Honoria é discreta e vai aos poucos se revelando nas suas atitudes e observações.

Uma das certezas dos romances de época é que o casal ficará junto no final e que as dificuldades são superadas, mas o grande diferencial de cada um desses livros está na construção da história, quais serão os elementos que garantirão originalidade à trama e lhe conferirão singularidade. No caso de "Simplesmente o Paraíso" é fácil perceber que a história se destina à garantir uma leitura encantadora e despretensiosa, mas o grande diferencial está no pano de fundo da história que traz o famoso quarteto musical da família Smythe-Smith o qual aparece até em livros de outra série da autora, Os Bridgertons, e que garante alguns momentos bem divertidos à trama e demonstra o lado mais amoroso de Honoria.

Preciso falar que a capa desse livro é lindíssima e combina perfeitamente com a história de Marcus e Honoria, tem um toque de seda que complementa sem exagero; não encontrei erros textuais, é muito fácil de ler, quando me dei conta já tinha lido mais da metade do livro. Não achei o melhor livro da Julia Quinn, acredito que outros da série poderão me encantar mais, mas foi um ótimo início, apesar de um pouco superficial e sentir diferença na narrativa da autora, não há que se fazer maiores ressalvas, pois acredito que o objetivo seja o divertimento despretensioso como um filme de sessão da tarde.

Quem já leu essa série? Qual o livro favorito?

Quem não leu, se interessa?

Beijos e até logo!

| LEITURAS DO MÊS | Outubro 2018

1 de novembro de 2018

Olá! 

E o tempo voa... voa mesmo, porque já estamos em novembro nos dando uma prévia do final do ano e com ele chega a hora de fechar a conta do mês de outubro!
Na minha conta tive um saldo de apenas duas novas aquisições em e-book (palmas, por favor!), nenhum recebido (snif snif) e APENAS quatro livros lidos e mais três iniciados que não consegui concluir. Novamente foram leituras diversificadas transitando em gêneros variados, tendo me surpreendido negativamente, mas também positivamente o que me deixou muito contente apesar do número reduzido de livros lidos em comparação a outros meses.

Vamos a eles!


Série abandonadas - parte 1

30 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

Primeiro post sobre livros abandonados... primeiro post da desistência, da vergonha, do deixar de lado, do esquecer, do não quero mais saber, da preguiça!

Antes de entrarmos nos pormenores, vamos falar um pouco sobre abandono de uma leitura, lembrando que essa é a minha opinião que trago a vocês e de forma alguma quero mudar a opinião de vocês ou fazer a minha prevalecer, é apenas uma troca de experiência e opinião, um compartilhamento que, se não quiserem lerem, só fechem a tela e segue o baile.


| RESENHA | O Príncipe Serpente (Elizabeht Hoyt)

26 de outubro de 2018

Oi!

Os queridinhos da minha estante, romances de época do meu coração, estão se fazendo ainda mais presente nas minhas leituras... vamos à resenha de mais uma história do gênero, terceiro e último livro da "Trilogia dos Príncipes", é a vez de "O Príncipe Serpente".

O Príncipe SerpenteTrilogia dos Príncipes #3

Sinopse: Quando o diabo encontra um anjo... Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência. Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor...


Elizabeth Hoyt | Romance de época | 364 páginas | 2017 | Editora Record




Simon tem um objetivo, vingança. Na sua vida e no seu coração não existe espaço para o amor, mas também não existia espaço para uma quase morte e uma salvadora totalmente inesperada que começará a lhe despertar emoções que ainda não sentia. Lucy salvou Simon sem saber que estava salvando um visconde capaz de lhe deixar sem palavras e de lhe roubar o coração, que lhe mostrará a escuridão na qual vivem os homens vingativos indo contra todas as suas crenças religiosas.



















Se alguém ainda não leu os livros anterior, saiba que as histórias são independentes e podem ser lidas fora de ordem, mas os protagonistas daqueles livros aparecem neste terceiro volume de forma abreviada.

Simon Iddesleigh é um nobre que foge dos padrões da época, é despojado e se veste de uma forma que alguns cavalheiros julgam chamativo e impróprios aos homens, mas o visconde mantém seus sapatos de salto vermelho e vestimenta pomposa independente disso. O visconde é um personagem irônico, mas extremamente sincero e divertido, além de ser sedutor entrelinhas. Apesar disso, não foi um personagem que me conquistou, existia um certo distanciamento por ser um homem amargurado em busca de vingança que não permitia exteriorizar seu lado mais atraente, mas o que mais me incomodou nele foi o comportamento de aristocrata arrogante e mandão como se todos devessem estar a seus pés e, também, o constante embate que travava com seus sentimentos, sempre se sentindo um monstro, mas não deixando de lado as atitudes que o faziam se sentir assim; está sempre travando uma batalha entre sentimentos conflitantes, tendo se tornado um comportamento excessivo e cansativo.

Lucy, por sua vez, é uma moça do interior com uma energia contagiante e simpatia que alcança todos. É totalmente pudica ficando claro que não tem a desenvoltura de uma moça da cidade, mas nem por isso deixa de se aventurar em alguns momentos; demonstra força e muita determinação em relação ao que deseja. Tanto Lucy quanto Simon são personagens multifacetados, estabelecem diálogos sagazes e afiados demonstrando a inteligência do casal, mas ambos pecam na incapacidade de conquistar e cativar o leitor tornando-se desinteressantes a cada página.

A história, em si, está pautada sobre a vingança que Simon tanto almeja, cujo motivo pode ser honroso à época, mas suscita questionamentos, pois o coloca na mesma posição daqueles que persegue, mas não vou desenvolver sobre isso para evitar spoiler. O romance que deveria ser o cerne da história, na minha opinião, ficou em segundo plano, é construído, mas empobrecido, tornando algo que deveria ser carregado de emoção em qualquer coisa mecânica e, até mesmo, o pedido de casamento foi distante e muito estranho. É inegável que ao romance de "O Príncipe Serpente" falta a emoção típica do gênero, existe essa quebra de clichê na qual a primeira noite do casal não é romantizada e o protagonista se mostra um pouco como "homem das cavernas" quando resolve satisfazer suas necessidades carnais mesmo quando sua esposa não está em plenas condições para tanto. Achei inadmissível essa cena. 

O que merece destaque é o quão bem desenvolvimento e tratado foi o sentimento de culpa que Simon lida ao longo da história, mesmo se tornando um pouco estafante a autora soube como explorar esse sentimento destrinchando-o completamente e expondo claramente como uma pessoa se sente quando está tomada por ele. Além dele, a ganância também foi um sentimento que estabeleceu fortes raízes nessa trama e mostrou a que ponto o ser humano chega quando é subjugado por ele.

Assim como nos livros anteriores, a história do casal é mesclada a uma lenda, nesse caso a lenda do Príncipe Serpente que é contada por Simon à Lucy através de um conto de fadas. Os capítulos são longos, sendo os primeiros levemente confusos, o que determinou um ritmo mais lento à leitura que foi um pouco mais arrastada. A edição é impecável e, sem dúvida, uma das capas mais lindas da minha estante, assim como os outros dois livros da trilogia que contam com esses arabescos adequados ao gênero e que conferem um ar elegante, assim como esse camafeu no centro com a imagem do casal que é um elemento singular.

A história de Simon e Lucy foi aquela que menos gostei, cansativa e sem originalidade, um romance mais bruto e mecânico com personagens desinteressantes, cuja leitura quase abandonei por não encontrar nenhum elemento que estivesse me motivando, mas é preciso reconhecer que a autora esmiuçou tão bem um sentimento tornando-o quase palpável ao leitor, tendo isso merecido pontos e garantido um certo apreço pela história. 

Por hoje é isso!
Vocês já leram essa história?

Beijos e até.

| RESENHA | Big Rock (Lauren Blakely)

19 de outubro de 2018

Oi pessoal, tudo certo?

Em um ritmo mais lento por aqui não estou postando tanto recentemente, mas consegui um tempo em meio à correria para escrever a resenha do primeiro livro que li da Lauren Blakely, "Big Rock".

Breve introdução, vamos à resenha.


Big Rock | Big Rock #1

Sinopse: A maioria dos homens não entendem as mulheres. Spencer Holiday sabe disso. E ele também sabe do que as mulheres gostam. E não pense você que se trata só de mais um playboy conquistador. Tá, ok, ele é um playboy conquistador, mas ele não sacaneia as mulheres, apenas dá aquilo que elas querem, sem mentiras, sem criar falsas expectativas. “A vida é assim, sempre como uma troca, certo?” Quer dizer, a vida ERA assim. Agora que seu pai está envolvido na venda multimilionária dos negócios da família, ele tem de mudar. Spencer precisa largar sua vida de playboy e mulherengo e parecer um empresário de sucesso, recatado, de boa família, sem um passado – ou um presente - comprometedor... pelo menos durante esse processo. Tentando agradar o futuro comprador da rede de joalherias da família, o antiquado sr. Offerman, ele fala demais e acaba se envolvendo numa confusão. E agora a sua sócia terá que fingir ser sua noiva, até que esse contrato seja assinado. O problema é que ele nunca olhou para Charlotte dessa maneira – e talvez por isso eles sejam os melhores amigos e sócios. Nunca tinha olhado... até agora.


Lauren Blakely | Romance | Erótico | 224 páginas | 2017 | Editora Faro Editorial




Spencer é um sedutor assumido, vive uma vida lasciva cheia de luxúria, não esconde de ninguém essa sua preferência pela alta rotatividade de parceiras sexuais, mas uma negociação decisiva envolvendo a joalheira da sua família lhe impõe uma mudança drástica nesse seu comportamento. No entanto, Spencer não irá conseguir convencer ninguém que sua postura mudou caso não tenha uma aliada para se fazer passar como uma noiva apaixonada que foi capaz de mudar o pensamento e atitudes de Spencer da noite para o dia. E essa aliada é Charlotte, sua sócia nos negócios e melhor amiga, por quem Spencer nunca nutriu desejo e vice-versa... mas a encenação de Spencer e Charlotte passa a ser algo maior para os dois que começam a confundir realidade do fingimento, o desejo físico começa a tomar forma em pequenos gestos e os sentimentos de amizade começam a se emaranhar levando os dois a uma agitação inexplicável.


Infelizmente a leitura desse livro não funcionou muito comigo, acho que deu pra perceber na nota acima, mas espera que eu vou explicar...

Spencer é um personagem muito arrogante e egocêntrico, é preciso reconhecer que a autora o descreve como um sedutor muito atraente, o que se torna inegável ao longo das páginas, mas esses atributos acabam se perdendo pela postura totalmente detestável do personagem que só sabe falar no seu órgão sexual (ahhhhhhhhhh! Por favor, um embuste total). Charlotte é apresentada como uma mulher forte, determinada e desejável, mas ao longo da história se descaracterizou totalmente se mostrando infantil e insegura, dentro da medida do que foi apresentado sobre a personagem, sendo esse mais um ponto desfavorável, pois pouco se sabe sobre Charlotte que é protagonista ao lado de Spencer. Os personagens secundários passam como um borrão, tendo pequeno destaque Nick que será protagonista do próximo livro e a irmã de Spencer.

A história em si, narrada em primeira pessoa por Spencer, é composta por diversos clichês do gênero o que não é de todo ruim, mas a fundamentação da trama é empobrecida e sem profundidade, além de um desenvolvimento cansativo sempre mediado pelos comentários de Spencer sobre seu órgão sexual. Infelizmente a autora não criou nenhum elemento diferenciador ao gênero que garantisse um destaque e singularidade à obra, apesar disso ela soube bem como construir o relacionamento dos melhores amigos, mas tratou de forma muito superficial, tanto a parte da amizade quanto do relacionamento construído depois da mentira de Spencer sobre o noivado, acredito que isso devido ao fato de a história se passar em um espaço curto de tempo, um pouco mais que uma semana.

Sobre os aspectos físicos do livro: a diagramação está muito boa; a fonte e tamanho da letra, assim como a coloração das páginas são adequadas à leitura e a favorecem; o livro passa a impressão de ter mais páginas, mas as mesmas são de espessura maior que o tradicional, conferindo esse aspecto. Sobre a capa tenho a opinião de que a mesma é adequada ao gênero, mas achei um pouco apelativa, não me atraiu tanto assim, apesar de "Rock" estar escrito em um dourado maravilhoso que destacou muito bem.

Para concluir, eu tinha expectativas razoavelmente altas em relação ao livro e já sabia que o personagem tem as características que citei acima, mas não pensei que elas me deixaram tão incômoda e irritada com ele o tempo inteiro, tendo sido impossível me sentir conquistada por ele, assim como pela protagonista que se descaracterizou ao longo da trama. Também considerei a história um atentado à inteligência feminina, porque passou ideia de que qualquer mulher perderia a cabeça só de estar perto de Spencer (o que é isso? POR FAVOR, NÉ!) que, mesmo sendo o tal bam-bam-bam da sedução, soltava cada cantada fraca sem sentido e se mostrou um total ignorante em relação aos sentimentos de Charlotte. Foi o meu primeiro contato com a narrativa da autora que tem o mérito de envolver o leitor, é uma leitura fácil e fluída, mas a história em si pecou muito para me agradar; pretendo continuar na leitura da série, porque não gosto de deixar inacabada e porque acho que "Mister O" pode me agradar mais, uma vez que as aparições de Nick nesse primeiro livro foram uma brisa calmante através de um personagem querido e divertido.

Espero que, aqueles que tenham gostado do livro, entendam que essa é a minha opinião sincera, não estou tentando ofender ninguém, mas realmente faltou muito para o livro me encantar, por isso a nota com apenas uma estrela.

E agora, será que "Mister O" vai me conquistar? Espero que sim!

Beijos e até o próximo post.



SÉRIE "BIG ROCK"


| TAG | Frases de Criança

15 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

Ainda no espírito do Dia das Crianças, vou responder uma TAG muito divertida que a Lu do Balaio de Babados me marcou. Vem comigo!


| INDICAÇÃO TEMÁTICA | OUTUBRO 2018 - DIA DAS CRIANÇAS

12 de outubro de 2018

Olááá...

12 de outubro - Dia das Crianças







Cada criança traz em si a pureza e inocência da infância, uma vida de exploração e curiosidades, uma vida de bondade, um coração que só carrega felicidade... assim deveria ser sempre para todas as crianças, uma fase tão linda, tão plena, tão importante que deveria ser protegida e incentivada a ser vivida de forma completa e pura. Para outubro, a escolha da INDICAÇÃO será na temática do DIA DAS CRIANÇAS e o livro escolhido é um clássico infantojuvenil.




Antoine de Saint-Exupéry | Infantojuvenil | 96 páginas | 2015 | Editora Agir

Sinopse: Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes? Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.



"O Pequeno Príncipe" é um clássico da literatura infantojuvenil que conta a história de um pequeno príncipe e um piloto que se encontram e passam a conversar de forma delicada e sutil sobre a vida. Com um pouco menos de 100 páginas, uma história para leitores de todas as idades que carrega significados tão profundos que a tornam um clássico de leitura imprescindível; é uma obra que traz frases amplamente divulgadas que são lições de vida com repercussão atemporal, entre elas:

♡ "As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes"

♡ "Todas as pessoas grandes foram crianças um dia - mas poucas se lembram disso"

♡ "Se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"




Quem já leu esse clássico tão lindo? Espero que a indicação tenha te animada e você possa dar chance a essa leitura, caso ainda não tenha lido a obra.

Beijos e boas leituras!

| 5 MOTIVOS PARA LER | Corte de Espinhos e Rosas (Sarah J. Maas)

10 de outubro de 2018

Oi pessoal, tudo certo aí?

FINALMENTE eu comecei a trilogia Corte de  Espinhos e Rosas e estou perdidamente apaixonada e viciada nessa história! Para aqueles que ainda não conhecem, convido a ler o post e, para aqueles que já leram esse livro (e os outros da trilogia também) vem deixar teu comentário e trocar experiência sobre essa história MARAVILHOSA!

Chega de papo e vamos ao que interessa!

| TOP 5 |

8 de outubro de 2018



















Oi! Tudo bem?

Acho que estou me tornando a rainha do TOP 5, mas é tão bacana fazer esse post que eu vou continuar... se enjoarem, me avisa nos comentários ou pula pro próximo post, tá legal!

O TOP 5 de hoje é bem curioso, porque são livros que eu li sem saber exatamente muito sobre a história (ou qualquer coisa), aqueles que me deixei levar pela capa, pelo título ou por alguma opinião sem muita profundidade (é, eu fazia isso às vezes, mas eu mudei e atualmente não me jogo em leituras no escuro).

Alguns deles já são figurinhas repetidas por aqui, mas alguns não foram citados ainda, então vamos lá!


| RESENHA | Como se Vingar de um Cretino (Suzanne Enoch)

5 de outubro de 2018

Olá, tudo bem?

Queridinhos romances de época da minha estante, não consegui me manter longe de novas trilogias, mas era o livro mais leve que tinha no Kindle e estava precisando de uma leitura assim.


Como se Vingar de um Cretino | Lessons in Love #1


Sinopse: Era uma vez um notório visconde Dare, que seduziu lady Georgiana Halley e tomou sua inocência para ganhar uma aposta, e agora ele vai ter que pagar. O plano é simples: ela vai usar cada artifício de conquista que conhece para ganhar o coração de Dare, e então quebrá-lo. Mas o olhar do visconde tenta Georgiana a se entregar ao prazer mais uma vez, e quando ele a surpreende com um pedido de casamento, ela se pergunta: esse é mais um de seus jogos, ou dessa vez é amor verdadeiro?


 
Suzanne Enoch | Romance de época | 288 páginas | 2018 | Editora Harlequin Brasil 




Georgiana Halley e Tristan Dare não somente se conhecem há tempos, mas tiveram uma noite ardente no passado que levou consigo a inocência e pureza de Georgiana, assim como qualquer confiança que algum dia poderia depositar no visconde Dare quando descobriu que aqueles momentos de paixão foram fruto de uma aposta... aposta essa que Tristan ganhou. Depois disso se seguiram seis anos de puro ódio e desprezo entre os amantes furtivos durante os quais Lady Georgiana não entendia como nem porquê ainda não havia caído em desgraça por ter se entregado ao visconde, mas quando a dama vê que Dare está cortejando uma pobre moça está disposta a lhe ensinar uma lição, pois não permitirá que o sedutor visconde desvirtue e machuque outra jovem. E aqui começam os esforços de Georgiana para ensinar a Tristan uma lição sobre corações partidos.



Quando comecei a leitura desse livro imaginei que a história não seguiria os padrões dos romances de época, porque "Como se Vingar de um Cretino" começa onde tantos outras histórias do mesmo gênero já estão pela metade, porque aqui os protagonistas já se conhecem intimamente no momento em que o livro inicia e já estão em "pé de guerra" por causa disso.

Georgiana é uma personagem de temperamento forte, muito segura de si e das suas decisões; acredito que essas características são determinadas pela sua descendência, pois é filha de um marquês, além de jamais ter sido contrariada nas suas vontades. Além disso, é uma mulher enganada que buscará sua vingança e, apesar disso poder tornar ela antipática em razão dos seus planos ardilosos, a personagem conquista o leitor, tem uma delicadeza cativante e é bastante divertida na elaboração das suas artimanhas para alcançar sua tão desejada retaliação.

Tristan, o visconde Dare, não é o cavalheiro que faz todas as moças suspirarem como em outros romances de época, ele mostra um ar de superioridade e trata a maioria das pessoas com ironia, contando muitos pontos contra ele; o personagem não conquista o leitor pelos atributos físicos, mas sim pelo seu crescimento e amadurecimento, além de ser um homem implacável quando está determinado. A parte dos suspiros dessa leitora se deu por conta do carinho, amor e afeição que demonstra pelos seus familiares, foi muito bonito acompanhar a interação dele com seus irmãos.

Os personagens tem uma interação rígida do início à metade da história, mas a partir de então começam a se tornar mais envolventes entre si e essa relação mostra uma construção condizente com a história que tem uma trama inédita mantendo na sua essência os elemento do gênero. Os personagens secundários poderiam ter sido melhor explorados, principalmente os irmãos de Tristan, assim como as amigas mais próximas de Georgiana, deixando uma lacuna no entremeio da história.

A história é narrada em terceira pessoa e pode desmotivar um pouco pelos capítulos longos, mas compensa pela capacidade da autora em descrever cenas, pessoas e sentimentos com muita naturalidade e de forma completa levando o leitor a se sentir "dentro da história" sem ser cansativo, rebuscado demais ou com caráter protelatório. Contém algumas cenas bem ardentes e intensas, nas quais Georgiana se mostra bastante ousada quebrando os padrões dos romances do gênero.

É um livro que deixa claro que, à época, as intenções de casamento não se baseavam em sentimentos, e sim em interesse financeiro e ascendência social, mas por se tratar de um romance a autora não poderia deixar de lado a parte mais poética e uniu esses elementos presentes na realidade da época aos sentimentos dos personagens, resultando numa combinação que atende tanto os leitores mais apaixonados (como eu!) quanto àqueles que não abrem mão de um pano de fundo de veracidade mesmo nos romances de ficção.

Realmente gostei do enredo, a forma como a autora construiu a história e desenvolveu os acontecimentos, deixando uma mensagem sobre amores, pessoas e confiança como base de qualquer relacionamento. Ah, para terminar e incitar a curiosidade, o livro conta com uma vilã muito desleal...

O livro já despertou teu interesse? 😊
Eu recomendo a leitura!

Beijos e até o próximo post.

| LEITURAS DO MÊS | Setembro 2018

2 de outubro de 2018

Oii! Como vocês estão? E como andam as leituras?

Setembro riscado do calendário, algumas leituras finalizadas e nesses últimos 30 dias eu concluí somente cinco livros, além de ter iniciado mais duas leituras que não consegui concluir no mesmo mês.

Um mês com leituras bem diversificadas no qual li desde jovem adulto à drama erótico e fantasia. Passou longe de ser o meu melhor mês em termos literários, tanto em quantidade quanto em qualidade, mas como sempre foi proveitoso.



















RE-LEITURAS

1 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

De forma recorrente eu vejo leitores falando sobre os livros que estão lendo pela segunda vez (ou até mais) o que me levou a pensar sobre isso, pois eu nunca li um livro completamente mais de uma vez, enquanto para alguns leitores isso é algo costumaz. Bom, pensando sobre isso, eu concluí que a minha lista de livros "a ler" é tão longa e a minha ansiedade/curiosidade em conhecer novas histórias é igualmente demasiada resultando no meu desinteresse por leituras que já realizei anteriormente. 

Apesar disso, preciso dizer que, recentemente, concluí algumas leituras que me deixaram saudosa em relação à história, aos personagens, a alguma mensagem.... enfim, livros que me deixaram com vontade de relê-los! Eu atribuo isso ao fato de estar mais madura em relação a forma como eu leio, como eu encaro as minhas leituras, como sinto as histórias e me envolvo nelas, assim como em relação aos personagens. Com base nisso, eu criei uma lista bem reduzida de livros cuja releitura me interessa, assim como os motivos que me provocam nesse sentido.


| RESENHA | É Assim que Acaba (Colleen Hoover)

27 de setembro de 2018

Oi! Tudo bem?

O livro "É Assim que Acaba" da Colleen Hoover conta uma história forte e intensa! Sem mais demora, vamos ao post com as minhas considerações sobre ela.

| INDICAÇÃO TEMÁTICA | Setembro 2018 - Primavera

26 de setembro de 2018

Oii, como vocês estão?

22 de setembro - Primavera


















Não consegui preparar o post em tempo hábil para postar no dia 22 mesmo, dia do início da primavera, mas como diz o velho ditado "antes tarde do que nunca", vamos venerar a estação mais colorida, florida e agradável entre as estações e, para isso, eu trouxe a INDICAÇÃO TEMÁTICA de dois livros que tem flores na capa (direta ou indiretamente) dentro do tema PRIMAVERA.


| PONTO DE VISTA | A Pequena Livraria dos Corações Solitários (Annie Darling)

21 de setembro de 2018

Oi! Como tá tudo por aí?

Na semana passada li "A Pequena Livraria dos Corações Solitários" que tem uma capa que é pura fofura com um título que é quase uma frase e faz parte de uma trilogia com nome que é tão extenso quando os títulos (nossa, que disposição da autora, hein)... demorei um pouco pra começar a ler, porque achava a capa tão lindinha e esperava uma história doce na mesma proporção que fiquei postergando o momento de ler só pra ficar na expectativa! Então eu li... e hoje trago um post com o meu ponto de vista sobre o livro, pontos positivos e negativos. Quer saber o que achei? Vamos lá.

| TOP 5 |

19 de setembro de 2018


Olá!

Um TOP 5 diferente com algumas séries/trilogias/duologias que estou lendo ou já concluí, mas que me dei conta que algumas delas eu comecei a ler sem saber que se tratavam de séries ou trilogias.. por descaso da minha parte em saber mais sobre os livros, por impulso na hora de comprar ou por serem livros com histórias independentes que me levaram a crer que se tratava de apenas um livro. Vamos à lista!


| RESENHA | Palácio de Mentiras (Erin Watt)

17 de setembro de 2018

Olá pessoal! Estão bem?

Trilogia iniciada em 2018.
Trilogia concluída em 2018.
E uma salva de palmas, por favor, porque sou a rainha de séries/trilogias inacabadas (eu sei que foi lançado o livro 4, mas é spin off, então considero que terminei a história de Reed e Ella).

Vamos à resenha do terceiro livro da série "The Royals"... é a vez de "Palácio de Mentiras".


** Àqueles que não leram a série, mas tem interesse, cuidado que a sinopse do livro já traz spoilers dos livros anteriores **



Palácio de Mentiras | The Royals #3

Sinopse: De inimigos mortais a aliados improváveis, dois adolescentes tentam proteger tudo o que mais importa para eles. Ella Harper foi capaz de superar cada um dos obstáculos que surgiram em seu caminho. Forte e resiliente, ela está disposta a fazer o que for preciso para defender as pessoas que ama. Mas lidar com o retorno do pai desaparecido e com o namorado cuja vida está por um fio pode ser demais para a jovem. Reed Royal tem um temperamento afiado e punhos ágeis. Mas sua habilidade para resolver problemas com violência já não é mais o bastante. Se ele quiser salvar a si mesmo e a sua garota, ele terá que superar o passado e sua reputação manchada. Ella precisa ser forte para lidar com os Royal... isso se Reed não destruir sua própria família antes.


Erin Watt | Romance | 384 páginas | 2018 | Editora Essência






ESTA RESENHA PODE CONTER SPOILERS 
DOS LIVROS ANTERIORES






No desfecho da trilogia que conta a história de Ella e Reed os dois terão que lidar com fantasmas do passado e todos os obstáculos que os acompanham. O final de "Príncipe Partido" jogou sobre Reed uma notícia bombástica que terá desdobramentos em "Palácio de Mentiras" e mostrará que as consequências são drásticas frente aos atos mais severos e que, nesses casos, o dinheiro não é salvação. Ella também terá um encontro inesperado com o passado: seu pai, tido como morto, surge à porta dos Royals e reivindicará seus deveres e direitos paternos, passará a cuidar e controlar a vida de Ella colocando a protagonista em uma "saia justa" quando começa a ter sua liberdade restringida no momento em que mais precisa estar ao lado de Reed.




















Diferente dos primeiros livros, "Palácio de Mentiras" é o livro que menos apresentou reviravoltas na história e manteve uma trajetória um pouco mais linear sem deixar de lado todo o melodrama próprio da trama que, nesse terceiro livro, está bem carregado com algumas revelações que impactam diretamente a vida de Ella e Reed. Nos livros anteriores as reviravoltas causam impacto na vida de todos, mas em "Palácio de Mentiras" as autoras focaram totalmente nas consequências que essas guinadas impuseram à vida de Ella e Reed, justamente por se tratar do livro que fecha a história dos dois.

Apesar da narrativa fácil a história tem uma atmosfera pesada onde só acontecem coisas ruins, não necessariamente em um nível de drama emocional e psicológico, coisas ruins que tornaram a história cansativa de ler e muito maçante em alguns momento ao ponto de deixar o livro de lado, porque a cada página virada era mais uma situação desagradável ou negativa.

Achei que a história focou bastante em Reed, mesmo que seja um desfecho para Ella também. Em "Palácio de Mentiras" o amadurecimento de Reed é inegável e isso se deve ao fato de todas as dificuldades que passou a enfrentar, causadas por si ou por outros, tendo mostrado a ele que o poder do dinheiro que julgava ser ilimitado tem algumas fronteiras bem definidas. Ella, por sua vez, tem uma trajetória oposta: no primeiro livro era uma adolescente madura, forçada a isso pelas suas condições de vida mas que, ao viver sob a tutela de Callum Royal e todas os privilégios que o dinheiro proporciona, se permitiu ser uma jovem que não tem sobre os ombros as exigências de uma vida adulta.

Reed me encantou, deixou de ser aquele rapaz mimado, cheio de si, arrogante e esnobe; amadureceu forçadamente, parte disso em razão de Ella, mas muito pelas dificuldades que os acontecimentos ao seu redor lhe impuseram. Quanto a Ella, ao meu ver, as autoras mostraram, nesse livro, o seu comportamento como uma adolescente sem as responsabilidades de um adulto, como aquelas que ela tinha no primeiro livro da série; continua com respostas rápidas, diretas e sem filtro falando de forma ácida o que bem entende; mostra o seu lado mais infantil, mais rebelde, mais adolescente.

Os personagens secundários de "Palácio de Mentiras" são distintos em relação àqueles dos dois primeiros livros. Steve e Dinah serão personagens com papel necessário nesse terceiro livro, mas senti falta de maior interação de Easton e Val. Callum Royal tem sua presença bem marcada e está "de tirar o fôlego" em alguns momentos (ps.: eu gostaria de um livro sobre ele, ah, como gostaria), mesmo que em outros momentos seja bastante irritante e desanimador.

A história é escrita em capítulos intercalados narrados por Reed e Ella que, apesar de ser um formato que eu aprecio, achei meio confuso nesse livro. Não há muito o que falar da edição, só que o tamanho do livro é pequeno e a capa está bonita em cinza e prateado que realçam a imagem.

Eu esperava mais desse fechamento; achei que o primeiro livro surpreendeu ao criar uma trama forte, mas que foi desvanecendo aos poucos no segundo e terceiro livro. O ponto forte desse livro é, com certeza, o amadurecimento de Reed e seu comportamento forçadamente responsável; além disso, a mensagem por trás da história de que em algum momento a realidade dos atos alcança até aqueles que se consideram inatingíveis é muito pertinente aos jovens (e até a alguns adultos) que se julgam estar acima ou além de quaisquer consequências. Um livro que ficou às voltas de uma situação, com uma guinada inédita mas que teve uma evolução rápida demais... conclusão: um final corrido.

Vocês já começaram essa leitura ou não se interessam por esses livros? Eu não vejo a hora de ler o livro de Easton e saber um pouco mais sobre esse personagem marcante.

Beijos e até logo!



TRILOGIA "THE ROYALS"


 1. Princesa de Papel | {Resenha}
2. Príncipe Partido | {Resenha}
3. Palácio de Mentiras
4. Herdeiro Caído | Spin-off
5. Cracked Kingdom | Ainda não lançado no Brasil


| RESENHA | Uma Dobra no Tempo (Madeleine L'Engle)

12 de setembro de 2018

Olá, tudo certo?

Fantasia, ficção científica e jovem adulto, três gênero em um livro só! Uma Dobra no Tempo é o primeiro livro da série homônima que tem conquistados fãs pela sua originalidade.

Mesmo que ficção científica não seja um gênero que estou acostumada a ler, foram tantos os comentários positivos que li sobre o livro que me deixaram curiosa para conferir a história somado ao fato de que estou me interessando em ler gêneros não tão corriqueiros nas minhas leituras.

Então, feito! Livro lido, é hora da resenha.


Uma Dobra no Tempo | Uma Dobra no Tempo #1

Sinopse: Um clássico da fantasia e da ficção científica emerge!
Era uma noite escura e tempestuosa; a jovem Meg Murry e seu irmão mais novo, Charles Wallace, descem para fazer um lanche tardio quando recebem a visita de uma figura muito peculiar. “Noites loucas são a minha glória”, diz a estranha misteriosa. “Foi só uma lufada que me pegou de jeito e me tirou da rota. Descansarei um pouco e seguirei meu rumo. Por falar em rumos, meu doce, saiba que o tesserato existe, sim.” O que seria um tesserato? O pai de Meg bem andava experimentando com a quinta dimensão quando desapareceu misteriosamente... Agora, com a ajuda de três criaturas muito peculiares, chegou o momento de Meg, seu amigo Calvin e Charles Wallace partirem em uma jornada para resgatá-lo. Uma jornada perigosa pelo tempo e o espaço. Uma dobra no tempo é uma aventura clássica, que serviu de inspiração para os mestres da fantasia e da ficção científica do mundo, agora adaptada para os cinemas pela Disney. Junte-se à família Murray nesta jornada, entre criaturas fantásticas e novos mundos jamais imaginados.


Madeleine L'Engle | Fantasia | Ficção Científica | 240 páginas | 2017
Editora HarperCollins




Os pais de Meg Murry sempre estiveram envolvidos em experimentos físicos, seu irmão Charles Wallace não é uma criança como as outras, a mãe de Meg tem um laboratório anexo à casa da família onde sempre há alguma coisa fumegando e o pai deles está desaparecido... em meio a tudo isso, a família recebe uma visita inusitada no meio da noite falando coisas estranhas incompreensíveis para Meg, mas que fazem todo o sentido para seu irmão e, desse momento em diante, a vida de Meg mudará começando uma peregrinação espacial. Meg e seu irmão estarão acompanhados de um amigo inesperado, Calvin, além de outras três senhorinhas muito peculiares que os mostrarão o que é o tesserato e, também, alguns outros mistérios escondidos no espaço que mexerão com a noção de tempo que os três conhecem.



Uma Dobra no Tempo levará o leitor em uma viagem espacial, mas não do tipo que vemos em filmes de ficção científica, pois nessa história não existem naves espaciais; a combinação de ficção científica e fantasia se dá sem reservas ou dificuldades, acontece de forma natural e contribui para toda a atmosfera misteriosa do livro. Eu admito que tive um pouco de dificuldade de me sentir envolvida pela história, precisei de um esforço extra para adentrar no universo criado pela autora que é bastante confuso, são tantas informações soltas sem explicação que passa a ideia de ser uma narrativa desordenada quando, na verdade, a autora vai criando o universo singular da série.

Assim como a história, os protagonistas são incomparáveis. Meg é cheia de energia, curiosidade e perguntas é o que não lhe faltam, além de muito amor pela sua família, lealdade e disposição para defender até o final aqueles que ama. Charles Wallace é uma criança única, peculiar, com comportamentos muito adultos e tem destaque na história pelo vocabulário e atitudes maduras, apesar de pouquíssima idade. Calvin é Calvin, um amigo que caminha junto, que conquista pela leveza e características agradáveis. É fácil se encantar por cada um deles. Os personagens secundários têm uma participação determinante na história e conduzem a trama em alguns momentos tornando-se indispensáveis para a evolução da trama. O que mais me deslumbrou em relação aos personagens, no geral, é a sensibilidade que demonstraram, a empatia e o envolvimento que manifestam em relação aos outros, aos seus problemas e dificuldades.

Preciso dizer que terminei a leitura um pouco desnorteada, porque Uma Dobra no Tempo é uma história totalmente aberta em que os fatos não são bem esclarecidos, na qual a fantasia está firmemente ligada ao mistério que é o que confere encanto à trama e conduz o leitor pelo caminho da curiosidade. Concluí o livro sem muitas expectativas em relação à sequência, mas isso não é algo ruim nesse caso, isso aconteceu porque estou um pouco perdida em meio a tanta informação, mas acredito que o universo da história é tão rico que está sendo construído aos poucos e que, nos próximos livros, as respostas virão aos poucos delineando melhor os contornos da história.

Quem gosta ou se interessa por ficção científica e fantasia?

Beijos e até!



 SÉRIE "UMA DOBRA NO TEMPO"