Série abandonadas - parte 1

30 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

Primeiro post sobre livros abandonados... primeiro post da desistência, da vergonha, do deixar de lado, do esquecer, do não quero mais saber, da preguiça!

Antes de entrarmos nos pormenores, vamos falar um pouco sobre abandono de uma leitura, lembrando que essa é a minha opinião que trago a vocês e de forma alguma quero mudar a opinião de vocês ou fazer a minha prevalecer, é apenas uma troca de experiência e opinião, um compartilhamento que, se não quiserem lerem, só fechem a tela e segue o baile.


| RESENHA | O Príncipe Serpente (Elizabeht Hoyt)

26 de outubro de 2018

Oi!

Os queridinhos da minha estante, romances de época do meu coração, estão se fazendo ainda mais presente nas minhas leituras... vamos à resenha de mais uma história do gênero, terceiro e último livro da "Trilogia dos Príncipes", é a vez de "O Príncipe Serpente".

O Príncipe SerpenteTrilogia dos Príncipes #3

Sinopse: Quando o diabo encontra um anjo... Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência. Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor...


Elizabeth Hoyt | Romance de época | 364 páginas | 2017 | Editora Record




Simon tem um objetivo, vingança. Na sua vida e no seu coração não existe espaço para o amor, mas também não existia espaço para uma quase morte e uma salvadora totalmente inesperada que começará a lhe despertar emoções que ainda não sentia. Lucy salvou Simon sem saber que estava salvando um visconde capaz de lhe deixar sem palavras e de lhe roubar o coração, que lhe mostrará a escuridão na qual vivem os homens vingativos indo contra todas as suas crenças religiosas.



















Se alguém ainda não leu os livros anterior, saiba que as histórias são independentes e podem ser lidas fora de ordem, mas os protagonistas daqueles livros aparecem neste terceiro volume de forma abreviada.

Simon Iddesleigh é um nobre que foge dos padrões da época, é despojado e se veste de uma forma que alguns cavalheiros julgam chamativo e impróprios aos homens, mas o visconde mantém seus sapatos de salto vermelho e vestimenta pomposa independente disso. O visconde é um personagem irônico, mas extremamente sincero e divertido, além de ser sedutor entrelinhas. Apesar disso, não foi um personagem que me conquistou, existia um certo distanciamento por ser um homem amargurado em busca de vingança que não permitia exteriorizar seu lado mais atraente, mas o que mais me incomodou nele foi o comportamento de aristocrata arrogante e mandão como se todos devessem estar a seus pés e, também, o constante embate que travava com seus sentimentos, sempre se sentindo um monstro, mas não deixando de lado as atitudes que o faziam se sentir assim; está sempre travando uma batalha entre sentimentos conflitantes, tendo se tornado um comportamento excessivo e cansativo.

Lucy, por sua vez, é uma moça do interior com uma energia contagiante e simpatia que alcança todos. É totalmente pudica ficando claro que não tem a desenvoltura de uma moça da cidade, mas nem por isso deixa de se aventurar em alguns momentos; demonstra força e muita determinação em relação ao que deseja. Tanto Lucy quanto Simon são personagens multifacetados, estabelecem diálogos sagazes e afiados demonstrando a inteligência do casal, mas ambos pecam na incapacidade de conquistar e cativar o leitor tornando-se desinteressantes a cada página.

A história, em si, está pautada sobre a vingança que Simon tanto almeja, cujo motivo pode ser honroso à época, mas suscita questionamentos, pois o coloca na mesma posição daqueles que persegue, mas não vou desenvolver sobre isso para evitar spoiler. O romance que deveria ser o cerne da história, na minha opinião, ficou em segundo plano, é construído, mas empobrecido, tornando algo que deveria ser carregado de emoção em qualquer coisa mecânica e, até mesmo, o pedido de casamento foi distante e muito estranho. É inegável que ao romance de "O Príncipe Serpente" falta a emoção típica do gênero, existe essa quebra de clichê na qual a primeira noite do casal não é romantizada e o protagonista se mostra um pouco como "homem das cavernas" quando resolve satisfazer suas necessidades carnais mesmo quando sua esposa não está em plenas condições para tanto. Achei inadmissível essa cena. 

O que merece destaque é o quão bem desenvolvimento e tratado foi o sentimento de culpa que Simon lida ao longo da história, mesmo se tornando um pouco estafante a autora soube como explorar esse sentimento destrinchando-o completamente e expondo claramente como uma pessoa se sente quando está tomada por ele. Além dele, a ganância também foi um sentimento que estabeleceu fortes raízes nessa trama e mostrou a que ponto o ser humano chega quando é subjugado por ele.

Assim como nos livros anteriores, a história do casal é mesclada a uma lenda, nesse caso a lenda do Príncipe Serpente que é contada por Simon à Lucy através de um conto de fadas. Os capítulos são longos, sendo os primeiros levemente confusos, o que determinou um ritmo mais lento à leitura que foi um pouco mais arrastada. A edição é impecável e, sem dúvida, uma das capas mais lindas da minha estante, assim como os outros dois livros da trilogia que contam com esses arabescos adequados ao gênero e que conferem um ar elegante, assim como esse camafeu no centro com a imagem do casal que é um elemento singular.

A história de Simon e Lucy foi aquela que menos gostei, cansativa e sem originalidade, um romance mais bruto e mecânico com personagens desinteressantes, cuja leitura quase abandonei por não encontrar nenhum elemento que estivesse me motivando, mas é preciso reconhecer que a autora esmiuçou tão bem um sentimento tornando-o quase palpável ao leitor, tendo isso merecido pontos e garantido um certo apreço pela história. 

Por hoje é isso!
Vocês já leram essa história?

Beijos e até.

| RESENHA | Big Rock (Lauren Blakely)

19 de outubro de 2018

Oi pessoal, tudo certo?

Em um ritmo mais lento por aqui não estou postando tanto recentemente, mas consegui um tempo em meio à correria para escrever a resenha do primeiro livro que li da Lauren Blakely, "Big Rock".

Breve introdução, vamos à resenha.


Big Rock | Big Rock #1

Sinopse: A maioria dos homens não entendem as mulheres. Spencer Holiday sabe disso. E ele também sabe do que as mulheres gostam. E não pense você que se trata só de mais um playboy conquistador. Tá, ok, ele é um playboy conquistador, mas ele não sacaneia as mulheres, apenas dá aquilo que elas querem, sem mentiras, sem criar falsas expectativas. “A vida é assim, sempre como uma troca, certo?” Quer dizer, a vida ERA assim. Agora que seu pai está envolvido na venda multimilionária dos negócios da família, ele tem de mudar. Spencer precisa largar sua vida de playboy e mulherengo e parecer um empresário de sucesso, recatado, de boa família, sem um passado – ou um presente - comprometedor... pelo menos durante esse processo. Tentando agradar o futuro comprador da rede de joalherias da família, o antiquado sr. Offerman, ele fala demais e acaba se envolvendo numa confusão. E agora a sua sócia terá que fingir ser sua noiva, até que esse contrato seja assinado. O problema é que ele nunca olhou para Charlotte dessa maneira – e talvez por isso eles sejam os melhores amigos e sócios. Nunca tinha olhado... até agora.


Lauren Blakely | Romance | Erótico | 224 páginas | 2017 | Editora Faro Editorial




Spencer é um sedutor assumido, vive uma vida lasciva cheia de luxúria, não esconde de ninguém essa sua preferência pela alta rotatividade de parceiras sexuais, mas uma negociação decisiva envolvendo a joalheira da sua família lhe impõe uma mudança drástica nesse seu comportamento. No entanto, Spencer não irá conseguir convencer ninguém que sua postura mudou caso não tenha uma aliada para se fazer passar como uma noiva apaixonada que foi capaz de mudar o pensamento e atitudes de Spencer da noite para o dia. E essa aliada é Charlotte, sua sócia nos negócios e melhor amiga, por quem Spencer nunca nutriu desejo e vice-versa... mas a encenação de Spencer e Charlotte passa a ser algo maior para os dois que começam a confundir realidade do fingimento, o desejo físico começa a tomar forma em pequenos gestos e os sentimentos de amizade começam a se emaranhar levando os dois a uma agitação inexplicável.


Infelizmente a leitura desse livro não funcionou muito comigo, acho que deu pra perceber na nota acima, mas espera que eu vou explicar...

Spencer é um personagem muito arrogante e egocêntrico, é preciso reconhecer que a autora o descreve como um sedutor muito atraente, o que se torna inegável ao longo das páginas, mas esses atributos acabam se perdendo pela postura totalmente detestável do personagem que só sabe falar no seu órgão sexual (ahhhhhhhhhh! Por favor, um embuste total). Charlotte é apresentada como uma mulher forte, determinada e desejável, mas ao longo da história se descaracterizou totalmente se mostrando infantil e insegura, dentro da medida do que foi apresentado sobre a personagem, sendo esse mais um ponto desfavorável, pois pouco se sabe sobre Charlotte que é protagonista ao lado de Spencer. Os personagens secundários passam como um borrão, tendo pequeno destaque Nick que será protagonista do próximo livro e a irmã de Spencer.

A história em si, narrada em primeira pessoa por Spencer, é composta por diversos clichês do gênero o que não é de todo ruim, mas a fundamentação da trama é empobrecida e sem profundidade, além de um desenvolvimento cansativo sempre mediado pelos comentários de Spencer sobre seu órgão sexual. Infelizmente a autora não criou nenhum elemento diferenciador ao gênero que garantisse um destaque e singularidade à obra, apesar disso ela soube bem como construir o relacionamento dos melhores amigos, mas tratou de forma muito superficial, tanto a parte da amizade quanto do relacionamento construído depois da mentira de Spencer sobre o noivado, acredito que isso devido ao fato de a história se passar em um espaço curto de tempo, um pouco mais que uma semana.

Sobre os aspectos físicos do livro: a diagramação está muito boa; a fonte e tamanho da letra, assim como a coloração das páginas são adequadas à leitura e a favorecem; o livro passa a impressão de ter mais páginas, mas as mesmas são de espessura maior que o tradicional, conferindo esse aspecto. Sobre a capa tenho a opinião de que a mesma é adequada ao gênero, mas achei um pouco apelativa, não me atraiu tanto assim, apesar de "Rock" estar escrito em um dourado maravilhoso que destacou muito bem.

Para concluir, eu tinha expectativas razoavelmente altas em relação ao livro e já sabia que o personagem tem as características que citei acima, mas não pensei que elas me deixaram tão incômoda e irritada com ele o tempo inteiro, tendo sido impossível me sentir conquistada por ele, assim como pela protagonista que se descaracterizou ao longo da trama. Também considerei a história um atentado à inteligência feminina, porque passou ideia de que qualquer mulher perderia a cabeça só de estar perto de Spencer (o que é isso? POR FAVOR, NÉ!) que, mesmo sendo o tal bam-bam-bam da sedução, soltava cada cantada fraca sem sentido e se mostrou um total ignorante em relação aos sentimentos de Charlotte. Foi o meu primeiro contato com a narrativa da autora que tem o mérito de envolver o leitor, é uma leitura fácil e fluída, mas a história em si pecou muito para me agradar; pretendo continuar na leitura da série, porque não gosto de deixar inacabada e porque acho que "Mister O" pode me agradar mais, uma vez que as aparições de Nick nesse primeiro livro foram uma brisa calmante através de um personagem querido e divertido.

Espero que, aqueles que tenham gostado do livro, entendam que essa é a minha opinião sincera, não estou tentando ofender ninguém, mas realmente faltou muito para o livro me encantar, por isso a nota com apenas uma estrela.

E agora, será que "Mister O" vai me conquistar? Espero que sim!

Beijos e até o próximo post.



SÉRIE "BIG ROCK"


| TAG | Frases de Criança

15 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

Ainda no espírito do Dia das Crianças, vou responder uma TAG muito divertida que a Lu do Balaio de Babados me marcou. Vem comigo!


| INDICAÇÃO TEMÁTICA | OUTUBRO 2018 - DIA DAS CRIANÇAS

12 de outubro de 2018

Olááá...

12 de outubro - Dia das Crianças







Cada criança traz em si a pureza e inocência da infância, uma vida de exploração e curiosidades, uma vida de bondade, um coração que só carrega felicidade... assim deveria ser sempre para todas as crianças, uma fase tão linda, tão plena, tão importante que deveria ser protegida e incentivada a ser vivida de forma completa e pura. Para outubro, a escolha da INDICAÇÃO será na temática do DIA DAS CRIANÇAS e o livro escolhido é um clássico infantojuvenil.




Antoine de Saint-Exupéry | Infantojuvenil | 96 páginas | 2015 | Editora Agir

Sinopse: Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes? Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.



"O Pequeno Príncipe" é um clássico da literatura infantojuvenil que conta a história de um pequeno príncipe e um piloto que se encontram e passam a conversar de forma delicada e sutil sobre a vida. Com um pouco menos de 100 páginas, uma história para leitores de todas as idades que carrega significados tão profundos que a tornam um clássico de leitura imprescindível; é uma obra que traz frases amplamente divulgadas que são lições de vida com repercussão atemporal, entre elas:

♡ "As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes"

♡ "Todas as pessoas grandes foram crianças um dia - mas poucas se lembram disso"

♡ "Se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"




Quem já leu esse clássico tão lindo? Espero que a indicação tenha te animada e você possa dar chance a essa leitura, caso ainda não tenha lido a obra.

Beijos e boas leituras!

| 5 MOTIVOS PARA LER | Corte de Espinhos e Rosas (Sarah J. Maas)

10 de outubro de 2018

Oi pessoal, tudo certo aí?

FINALMENTE eu comecei a trilogia Corte de  Espinhos e Rosas e estou perdidamente apaixonada e viciada nessa história! Para aqueles que ainda não conhecem, convido a ler o post e, para aqueles que já leram esse livro (e os outros da trilogia também) vem deixar teu comentário e trocar experiência sobre essa história MARAVILHOSA!

Chega de papo e vamos ao que interessa!

| TOP 5 |

8 de outubro de 2018



















Oi! Tudo bem?

Acho que estou me tornando a rainha do TOP 5, mas é tão bacana fazer esse post que eu vou continuar... se enjoarem, me avisa nos comentários ou pula pro próximo post, tá legal!

O TOP 5 de hoje é bem curioso, porque são livros que eu li sem saber exatamente muito sobre a história (ou qualquer coisa), aqueles que me deixei levar pela capa, pelo título ou por alguma opinião sem muita profundidade (é, eu fazia isso às vezes, mas eu mudei e atualmente não me jogo em leituras no escuro).

Alguns deles já são figurinhas repetidas por aqui, mas alguns não foram citados ainda, então vamos lá!


| RESENHA | Como se Vingar de um Cretino (Suzanne Enoch)

5 de outubro de 2018

Olá, tudo bem?

Queridinhos romances de época da minha estante, não consegui me manter longe de novas trilogias, mas era o livro mais leve que tinha no Kindle e estava precisando de uma leitura assim.


Como se Vingar de um Cretino | Lessons in Love #1


Sinopse: Era uma vez um notório visconde Dare, que seduziu lady Georgiana Halley e tomou sua inocência para ganhar uma aposta, e agora ele vai ter que pagar. O plano é simples: ela vai usar cada artifício de conquista que conhece para ganhar o coração de Dare, e então quebrá-lo. Mas o olhar do visconde tenta Georgiana a se entregar ao prazer mais uma vez, e quando ele a surpreende com um pedido de casamento, ela se pergunta: esse é mais um de seus jogos, ou dessa vez é amor verdadeiro?


 
Suzanne Enoch | Romance de época | 288 páginas | 2018 | Editora Harlequin Brasil 




Georgiana Halley e Tristan Dare não somente se conhecem há tempos, mas tiveram uma noite ardente no passado que levou consigo a inocência e pureza de Georgiana, assim como qualquer confiança que algum dia poderia depositar no visconde Dare quando descobriu que aqueles momentos de paixão foram fruto de uma aposta... aposta essa que Tristan ganhou. Depois disso se seguiram seis anos de puro ódio e desprezo entre os amantes furtivos durante os quais Lady Georgiana não entendia como nem porquê ainda não havia caído em desgraça por ter se entregado ao visconde, mas quando a dama vê que Dare está cortejando uma pobre moça está disposta a lhe ensinar uma lição, pois não permitirá que o sedutor visconde desvirtue e machuque outra jovem. E aqui começam os esforços de Georgiana para ensinar a Tristan uma lição sobre corações partidos.



Quando comecei a leitura desse livro imaginei que a história não seguiria os padrões dos romances de época, porque "Como se Vingar de um Cretino" começa onde tantos outras histórias do mesmo gênero já estão pela metade, porque aqui os protagonistas já se conhecem intimamente no momento em que o livro inicia e já estão em "pé de guerra" por causa disso.

Georgiana é uma personagem de temperamento forte, muito segura de si e das suas decisões; acredito que essas características são determinadas pela sua descendência, pois é filha de um marquês, além de jamais ter sido contrariada nas suas vontades. Além disso, é uma mulher enganada que buscará sua vingança e, apesar disso poder tornar ela antipática em razão dos seus planos ardilosos, a personagem conquista o leitor, tem uma delicadeza cativante e é bastante divertida na elaboração das suas artimanhas para alcançar sua tão desejada retaliação.

Tristan, o visconde Dare, não é o cavalheiro que faz todas as moças suspirarem como em outros romances de época, ele mostra um ar de superioridade e trata a maioria das pessoas com ironia, contando muitos pontos contra ele; o personagem não conquista o leitor pelos atributos físicos, mas sim pelo seu crescimento e amadurecimento, além de ser um homem implacável quando está determinado. A parte dos suspiros dessa leitora se deu por conta do carinho, amor e afeição que demonstra pelos seus familiares, foi muito bonito acompanhar a interação dele com seus irmãos.

Os personagens tem uma interação rígida do início à metade da história, mas a partir de então começam a se tornar mais envolventes entre si e essa relação mostra uma construção condizente com a história que tem uma trama inédita mantendo na sua essência os elemento do gênero. Os personagens secundários poderiam ter sido melhor explorados, principalmente os irmãos de Tristan, assim como as amigas mais próximas de Georgiana, deixando uma lacuna no entremeio da história.

A história é narrada em terceira pessoa e pode desmotivar um pouco pelos capítulos longos, mas compensa pela capacidade da autora em descrever cenas, pessoas e sentimentos com muita naturalidade e de forma completa levando o leitor a se sentir "dentro da história" sem ser cansativo, rebuscado demais ou com caráter protelatório. Contém algumas cenas bem ardentes e intensas, nas quais Georgiana se mostra bastante ousada quebrando os padrões dos romances do gênero.

É um livro que deixa claro que, à época, as intenções de casamento não se baseavam em sentimentos, e sim em interesse financeiro e ascendência social, mas por se tratar de um romance a autora não poderia deixar de lado a parte mais poética e uniu esses elementos presentes na realidade da época aos sentimentos dos personagens, resultando numa combinação que atende tanto os leitores mais apaixonados (como eu!) quanto àqueles que não abrem mão de um pano de fundo de veracidade mesmo nos romances de ficção.

Realmente gostei do enredo, a forma como a autora construiu a história e desenvolveu os acontecimentos, deixando uma mensagem sobre amores, pessoas e confiança como base de qualquer relacionamento. Ah, para terminar e incitar a curiosidade, o livro conta com uma vilã muito desleal...

O livro já despertou teu interesse? 😊
Eu recomendo a leitura!

Beijos e até o próximo post.

| LEITURAS DO MÊS | Setembro 2018

2 de outubro de 2018

Oii! Como vocês estão? E como andam as leituras?

Setembro riscado do calendário, algumas leituras finalizadas e nesses últimos 30 dias eu concluí somente cinco livros, além de ter iniciado mais duas leituras que não consegui concluir no mesmo mês.

Um mês com leituras bem diversificadas no qual li desde jovem adulto à drama erótico e fantasia. Passou longe de ser o meu melhor mês em termos literários, tanto em quantidade quanto em qualidade, mas como sempre foi proveitoso.



















RE-LEITURAS

1 de outubro de 2018

Olá! Tudo bem?

De forma recorrente eu vejo leitores falando sobre os livros que estão lendo pela segunda vez (ou até mais) o que me levou a pensar sobre isso, pois eu nunca li um livro completamente mais de uma vez, enquanto para alguns leitores isso é algo costumaz. Bom, pensando sobre isso, eu concluí que a minha lista de livros "a ler" é tão longa e a minha ansiedade/curiosidade em conhecer novas histórias é igualmente demasiada resultando no meu desinteresse por leituras que já realizei anteriormente. 

Apesar disso, preciso dizer que, recentemente, concluí algumas leituras que me deixaram saudosa em relação à história, aos personagens, a alguma mensagem.... enfim, livros que me deixaram com vontade de relê-los! Eu atribuo isso ao fato de estar mais madura em relação a forma como eu leio, como eu encaro as minhas leituras, como sinto as histórias e me envolvo nelas, assim como em relação aos personagens. Com base nisso, eu criei uma lista bem reduzida de livros cuja releitura me interessa, assim como os motivos que me provocam nesse sentido.